sábado, 18 de maio de 2013

A ESCRITA DOS CÁLCULOS E AS TÉCNICAS OPERATÓRIAS

As diferentes formas de registrar os cálculos e técnicas operatórias.

A matemática é uma ferramenta que desenvolve o raciocínio lógico e nos ajuda a resolver problemas e a tomar decisões de forma mais consciente. Uma das decisões que estamos sempre precisando tomar é quanto ao tipo de calculo que devemos usar em diferentes situações problemas.
De um modo geral, podemos citar quatro tipos de cálculos que deveriam ser explorados na escola: o cálculo  escrito (algarismos), o cálculo mental exato, o cálculo mental aproximado (estimativas) e o cálculo feito com ferramentas de apoio, das quais a mais comum é a calculadora.
Para auxiliar no desenvolvimento do raciocínio dos indivíduos podemos utilizar jogos. Fazer com que as crianças assimilem os conceitos matemáticos de forma lúdica, utilizando-se de jogos em grupos, e contextualizando o aprendizado com sua vida diária poderão ser opções interessantes e produtivas.


Para Kamii, o professor deve estimular o aluno a pensar e a ter autonomia em sua construção na estrutura mental dos números e em todas as situações problemas, para a criança não há diferença entre jogo e trabalho por isso, trabalha-se para unir as duas junções, para que, em grupos, construam as suas formas de raciocínio.
 Constance Kamii, trata sobre a autonomia da criança e como trabalhá-la de forma positiva, enfatiza sobre como o calculo mental tem recebido pouca atenção, tanto no currículo escolar, como pelos educadores, pois, no cotidiano, quando somos confrontados com algumas situações problemas que envolvem operações, o importante seria alcançarmos mentalmente o resultado,ou, estimarmos um valor aproximado.


Para Zóltan Paul Dienes, aprender é adaptar-se a uma nova situação. todos os jogos infantis representam algum exercício que permite à criança adaptar-se a situações que terá que enfrentar em sua vida futura.
O ensino através do lúdico, cria um ambiente atraente, servindo de estímulo para o desenvolvimento integral da criança, agindo como facilitador, colaborando para trabalhar bloqueios que os alunos apresentam em relação a alguns conteúdos matemáticos.


                                                                 
Para Piaget, é importante que se estruture os jogos nas formas de exercícios, símbolos e regras observando o desenvolvimento da criança nestes jogos e em seu estágio de desenvolvimento cognitivo.
Dentro de um quadro de referência Piagetiana é pela abstração reflexiva que se dá a construção de uma estrutura numérica pela criança.


  Cálculo Mental



 Na nossa vida diária,precisamos fazer inúmeros cálculos, e em grande parte deles, não recorremos ao papel e ao lápis, eles são realizados mentalmente. Mesmo quando usamos papel e lápis, fazemos uso da um intenso cálculo mental.
O cálculo mental permite maior flexibilidade de calcular e maior segurança e consciência na realização e confirmação dos resultados esperados, tornando-se relevante na capacidade de enfrentar problemas.


Exemplos de jogos para auxiliar no desenvolvimento do raciocínio:

Dama-
neste jogo, o objetivo é capturar ou imobilizar todas as peças do adversário. As jogadas são alternadas, deve-se mover uma pedra por jogada, em diagonal e para a frente, só as casas claras são usadas e não é permitido andar para trás, nem para o lado. Assim, os jogadores precisam ter concentração e raciocínio para fazer importantes jogadas.


Dominó-
Neste jogo, o objetivo é livrar-se das pedras o mais rápido possível, unindo-as pela quantidade de pontos existentes em cada uma. Esse jogo ensina a criança a agir, leva-a a pensar e é divertido. Por meio dele, a criança se envolve com os números e desenvolve o raciocínio lógico,  e na tentativa de descobrir com qual peça o seu adversário está, as crianças são impulsionadas a pensar e a desenvolver táticas importantes no jogo e a partir daí passam a desenvolver  também no dia a dia.

Baralho matemático:

Este jogo oportuniza o contato com as quatro operações e momentos de descontração e alegria, que são necessários para fazer da matemática uma atividade alegre e divertida.
Através  desse jogo desenvolve-se raciocínio, ação rápida e pensamento lógico, descontração, integração e competitividade.
São necessárias 48 cartas, 24 com as operações desejadas e 24 com os resultados, para cada grupo. Se possível, esse material deve ser confeccionado com a participação das crianças, as operações devem ser feitas levando em consideração, o nível de conhecimento das crianças,
No centro da mesa, coloca-se as 24 cartas com os resultados viradas para baixo em forma de monte.
As outras 24 contendo as operações serão divididas entre os participantes.
Cada aluno desvira uma carta da mesa.Encontrando a resposta certa para alguma carta que tem na mão, forma com ela um par e ganha um ponto, se a respostas não corresponder a nenhuma das operações contidas em suas cartas, recoloca a carta no centro da mesa, com o resultado para baixo,  reiniciando um segundo monte e passa a vez para o companheiro.
Vence quem primeiro conseguir fazer par com todas as cartas que tem em  mãos.


Bingo matemático:

Essa brincadeira é interessante para reconhecer  numerais e exercitar operações matemáticas.
Brica-se como o bingo tradicional. De preferencia o professor não deve mostrar a ficha ditada (cantada), para que os alunos descubram sozinhos a palavra ou o número em sua cartela. mas, se houver necessidade, o professor pode auxiliar.
 As cartelas de bingo devem ser feitas conforme o conteúdo a ser desenvolvido
 Exemplo: bingo de operações onde o aluno efetua a operação ditada mentalmente e busca em sua cartela o resultado correspondente.


sábado, 20 de abril de 2013

A construção conceitual das operações.



Tipos de situação matemática ou "situação problema" Operações matemáticas fundamentais: ações de somar, subtrair, multiplicar e dividir.

A partir de situações cotidianas onde ha necessidade de contar, pode- se dar ao aluno a noção de número natural e mostrar a necessidade de representar a contagem por meio de numerais, utilizando-se de exemplos concretos, dentro da própria sala de aula, que leve o aluno a perceber as idéias envolvidas e utilizar a operação que aquele tipo de situação requer.
 As atividades práticas prepara o aluno para o cálculo mental, por isso, o professor deve aproveitar todas as situações que propiciem esse exercício.
O calculo mental deve ser realizado oralmente, cabe ao professor estimular o aluno e não interferir na resolução, pois cada um percorre um caminho para para chegar a um mesmo resultado.

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO:

Sob a perspectiva das teorias dos campos conceituais, adicionar e subtrair são ações vinculadas ao campo aditivo. Juntar, tirar, ganhar,perder e comparar quantias são alguns verbos relacionados a adição e subtração.Mas, segundo a teoria dos campos conceituais, desenvolvida na década  de 70 pelo psicologo francês Gerárd  Vergnaud, as operações são as duas faces da mesma moeda.
O pesquisador estudou as aprendizagens matemáticas com base nas relações estabelecidas pelos problemas e não na operação em jogo.
Gerard afirma que sua teoria é fundamental para ensinar matemática, pois permite prever formas mais eficientes de trabalhar os conteúdos. Ele classifica as questões que envolvem adição e subtração dentro do campo aditivo, e as que envolvem multiplicação e divisão, dentro do campo multiplicativo.

Diferenças entre as operações:

O professor deve considerar as diferenças entre as operações para refletir sobre os procedimentos que os alunos usam na hora de resolver um problema ou uma conta.
Existem propriedades da adição que a subtração não tem. A comutabilidade e a associabilidade que não será preciso explicar esses nomes, mas os alunos precisam saber do que se trata.
A comutabilidade é que em uma soma, pode-se alterar os termos e isso não vai influenciar o resultado
EX: (a+b= b+a)
A associabilidade é a qualidade da adição  que permite que em somas associadas de mais de um termo o resultado também não seja alterado.
EX: a+(b+c) = c+(b+a).
essas duas características não se repetem nas subtrações.

 Vergnaud divide o campo aditivo em cinco classes:

Transformação: alteração do estado inicial por meio de uma situação positiva ou negativa que interfere no resultado final.
Combinação de medidas: junção de conjuntos de quantidades preestabelecidas.
Comparação: confronto de duas quantidades para achar a diferença.
Composição de transformações: alterações sucessivas do estado inicial.
Estados relativos: transformação de um estado relativo em outro estado relativo.


MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO:

Situações do cotidiano podem ser ponto de partida para explorar conceitos de multiplicação e divisão, assim como na adição e subtração.
Problemas envolvendo ambas as situações devem ser explorados em um trabalho diário em todas as etapas da vida escolar dos alunos.
Outro ponto que merece ênfase é a separação que existe entre a multiplicação e a divisão, porque vê-los como etapas diferentes se a ligação entre eles é tão estreita? A ideia defendida por especialistas é evidenciar as relações existentes entre as operações.


Um novo jeito de fazer contas:

No quadro abaixo perceberemos as diferenças entre as perspectivas do campo tradicional e dos campos conceituais:


ENUNCIADO
PERSPECTIVA ANTERIOR

A incógnita está sempre 
no fim do enunciado 
(5 + 5 = ?; 15 - 3 = ?)
(5 x 5 =?; 15 /  3 = ?)
PERSPECTIVA DO CAMPO CONCEITUAL

A incógnita pode estar em qualquer parte do enunciado 
(? + 5 = 10; 15 - ? =12)
(?  x 5 = 25;  15 / ? =3)
PALAVRA-CHAVE
Palavras como "ganhar" e "perder" ou "dividir" e " vezes" dão certeza ao aluno sobre a operação a ser usada
Não se estimula o uso. As crianças precisam analisar os dados do problema para decidir a melhor estratégia a ser utilizada
COMO O 
ALUNO PENSA
Para chegar ao resultado, é preciso saber qual operação usar (soma ou subtração) (multiplicação ou divisão)
Com várias possibilidades de chegar ao valor final, o aluno tem mais autonomia e o pensamento 
fica menos engessado
RESOLUÇÃO
Está diretamente ligada à operação proposta no enunciado
Está atrelada à análise das informações e à criação de procedimentos próprios
INTERAÇÃO 
COM O ALUNO
Cabe ao professor validar ou não a resposta encontrada
O professor propõe discussões em grupo e o aluno tem recursos para justificar seus procedimentos
REGISTRO
Conta armada
O percurso do raciocínio é valorizado, seja ele feito com contas parciais, armadas ou não, desenho de pauzinhos ou outra estratégia



SITUAÇÕES DO COTIDIANO EM QUE AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS SÃO UTILIZADAS:
  1. Programar horários de compromissos (tempo)
  2. comprar um produto no mercado (preços)
  3. medir distâncias de lugares ou objetos
  4. completar um álbum de figurinhas
  5. saber quem é o mais alto ou o mais baixo (altura)
  6. saber quem é o mais pesado ou o mais magro (peso)
  7. saber quem é o mais velho ou o mais novo (idade)
  8. brincar com jogos de tabuleiro (andar casas)
  9. programar um compromisso para daqui a alguns dias ( contar dias, meses, anos)
  10. fazer uma receita de bolo (quantidades)
  11. brincar com jogos de pontuação ( quem tiver mais pontos ganha)
  12. usar a brincadeira "par ou ímpar " para decidir algo
  13. saber quantos moradores tem na sua casa
  14. desenhar uma figura com tamanho específico (usar régua)
  15. dividir o pacote de biscoitos em partes iguais
  16. pagar a passagem em algum meio de transporte 
  17. trocar os móveis do quarto de lugar (noções de medida e espaço)
  18. comprar ovos na granja ( contar dúzias)
  19. saber quantos litros de água tomamos por dia ( saber quantas garrafas e quantos ml cabe em cada uma)
  20. pagar e receber troco em uma compra na feira

    As atividades a seguir, foram desenvolvidas pelo grupo e aplicadas a MILENA SANTOS. filha da aluna Márcia Maria




Milena tem 8 anos e está no terceiro ano do ensino fundamental.
Noções de: baixo/alto
                                                                                   curto/comprido



Noções de tempo


Noções de quantidades



                                                            Noções de somar

                          



A importância de utilizar situações do cotidiano da criança na construção de seu conhecimento.

Para que o aprendizado ocorra de forma real e eficaz é importante que a criança viva o que está sendo abordado na escola. Por isso, quando elaboramos as situações do cotidiano que se utiliza a matemática, pensamos em situações já conhecidas pelas crianças, para que as atividades fossem desenvolvidas de forma natural.
Milena não teve problemas em compreender os enunciados. Não necessitou de intervenções, exercitou sua capacidade mental de forma tranquila, refletiu sobre as situações propostas, utilizou o tempo necessário para tomar suas decisões e buscar as soluções que julgou necessárias frente às situações propostas.





sábado, 6 de abril de 2013

A HISTORIA DA MATEMÁTICA



A origem dos números:

Para que uma aula sobre a história da matemática seja entendida por uma criança, ela deve começar com a origem dos números.Para isso é necessário passar pela história da humanidade.


É importante lembrar que os homens primitivos não tinham necessidade de contar, pois tudo o que eles precisavam  para sobreviverem era retirado da natureza. Nesse tempo, ainda eram nômades. Depois, se fixaram na terra e começaram a desenvolver uma série de atividades, como plantar, produzir alimentos, construir casas, domesticar animais etc.
 Com o surgimento das primeiras formas de agricultura, o homem sentiu a necessidade de conhecer o tempo, as estações do ano, as fases da lua. Então foi criado o primeiro calendário.


Paralelo a isso, para controlar o rebanho, perceberam a necessidade de contar, então, antes de soltar seus animais,  estabeleciam uma correspondência, na qual cada um, equivalia a uma pedrinha, que era guardada em um saco. Quando os animais voltavam do pasto, era feita a correspondência inversa: para cada animal que retornava, uma pedrinha era retirada do saco.Caso sobrassem pedrinhas, animais teriam se perdido.





Construindo o conceito de número:


Foi  relacionando objetos a outros objetos que a humanidade começou a construir o conceito de número.
para o homem primitivo, os números sempre estariam ligados a alguma coisa concreta: por exemplo, o número cinco, cinco dedos, cinco peixes, cinco pedras, e assim por diante.
A ideia de contagem estava relacionada com os dedos das mãos.
Assim, ao contar as ovelhas, o pastor separava as pedras em grupos de cinco.
Da mesma forma, os caçadores contavam os animais abatidos traçando riscos na madeira ou fazendo nós em uma corda, também de cinco em cinco.



Os agricultores, por sua vez, passaram a produzir alimentos em quantidades superiores às suas necessidades.
Como consequência desse desenvolvimento, surgiu a escrita, era o fim da pré-história e o começo da história. Quando algumas civilizações (egípcia, babilônica etc.) começaram a escrever, a quantidade que deu origem aos números passou a ser anotada pela repetição de traços verticais.


Representação numérica antiga


Sistema de numeração indo-arábico:

Com o transcorrer dos séculos, a repetição dos traços se tornou ineficiente e, finalmente o sistema de numeração surgiu.O primeiro número inventado foi o 1 (um), que representava o homem e sua unicidade. O segundo foi o 2 (dois), que representava a mulher da família, a dualidade.Já o número 3 (três) significava muitos, multidão. Depois, vieram os demais números.

A invenção do zero:

Para representar a ausência de tudo, os indus também criaram um símbolo que representa o vazio. Dessa forma, foi resolvido o problema da ausência de um algarismo para representar as dezenas e centenas, como 21 (vinte e um) e 201 (duzentos e um), entre outras. Por fim, depois de reunir tudo isso, foi criado um único sistema numérico no qual, o local que o número se encontra determina o seu valor.Que foi assimilado e difundido pelos árabes, daí o nome, indo-arábico.





Com o passar do tempo, cada povo foi criando a sua numeração:

Numeração chinesa:



Numeração maia:




Numeração romana:



Numeração egípcia:






Numeração babilônia:




Numeração indo-arábicos:




Podemos perceber a presença dos números  e da matemática em vários momentos do nosso dia a dia, quando vamos contar, medir, localizar, construir, jogar,etc.
Pela manhã, quando toca o despertador, começamos a usar a matemática para ler as horas e saber a quantidade de tempo que dormimos.
Localizamos o ambiente, a distância com relação a parede, porta, chão etc.
Para escovarmos os dentes, avaliamos a quantidade de pasta sobre a escova,é uma avaliação de volume, que fazemos inconscietemente.
Para fazer compras, utilizar transporte público, ou até abastecer nosso próprio transporte, temos que calcular e contar preços e trocos.
Durante todos os dias, contamos inúmeras coisas sem nos dar conta disto. Mas o fato de realizarmos tarefas rotineiras sem pensar, não quer dizer que a matemática não esteja presente em todo instante, ela foi criada pelo homem para auxiliá-lo em suas tarefas diárias e é de extrema importância no executar dessas tarefas. 








domingo, 17 de março de 2013

Ábaco

                                                         

O ábaco é um antigo instrumento de cálculo, formado por uma moldura com bastões ou arames paralelos, dispostos no sentido vertical, correspondentes cada um a uma posição digital (unidades, dezenas...) e nos quais estão os elementos da contagem (fichas,bolas,contas,..) que podem fazer-se deslizar livremente. Teve origem provavelmente na mesopotâmia há mais de 5.500 anos. O ábaco pode ser considerado como uma extensão do ato natural de se contar nos dedos.Emprega um processo de calculo com sistema decimal, atribuindo a cada haste um múltiplo de dez. Ele é utilizado ainda hoje para ensinar as crianças as operações de somar e subtrair.



Ábaco Mesopotânico:

O primeiro ábaco foi quase de certeza construído numa pedra lisa coberta por areia ou pó.Palavras e letras eram desenhadas na areia; números eram eventualmente adicionados  e bolas de pedras eram utilizadas  para ajudar nos cálculos. Os babilônios utilizavam este ábaco em 2700-2300 a.C. A origem do ábaco de contar de bastão é obscuro mas a Índia, a Mesopotâmia ou o Egito são vistos como prováveis pontos de origem.  A China desempenhou um papel importante no desenvolvimento do ábaco.

Ábaco Babilônio:

Os babilônios podem ter utilizado o ábaco para operações de adição e subtração. No entanto, este dispositivo primitivo provou ser difícil para a utilização em cálculos mais complexos.Algumas pessoas conhecem um carácter  do alfabeto cuneiforme babilônio que pode ter sido derivado de uma representação do ábaco. Por isso esse ábaco é muito importante.

Ábaco Egípcio

O uso do ábaco no antigo Egito é mencionado pelo historiador grego CRABERTOTOUS, que descreve sobre a maneira do uso de discos (ábacos) pelos egípcios, que era oposta na direção quando comparada com o método grego.
Arqueologistas encontraram discos antigos de vários tamanhos que se pensam terem sido usados como material de cálculo. No entanto, pinturas de paredes não foram descobertas, espalhando algumas dúvidas sobre a intenção de uso desse instrumento.

Ábaco Grego

Uma tábua encontrada na ilha grega SALAMINA em 1846 data de 300 a C., faz deste o mais velho ábaco descoberto até agora. É um ábaco de mármore de 149 cm de comprimento, 75 cm de largura e de 4,5 cm de espessura, no qual  existem 5 grupos de marcações. No centro da tábua existe um conjunto de  5 linhas paralelas igualmente divididas  por uma linha vertical, tampada por um semicírculo na intersecção da linha horizontal mais ao canto e a linha vertical única. Debaixo dessas linhas, existe um espaço largo com uma rachadura  a dividi-los , abaixo dessa rachadura, existe outro grupo de onze linhas paralelas, divididas em duas secções por uma linha perpendicular a elas, mas com o semicírculo no topo da intersecção; a terceira, sexta e nona linha estão marcadas com uma cruz onde se intersectam com alinha vertical.

Ábaco Romano

O método normal de cálculo na Roma antiga, assim como na Grécia antiga, era mover bolas de contagem em uma tábua própria para isto. As bolas de contagem eram denominadas CALCULI. Mais tarde, na Europa medieval, os jetons  começaram a ser manufacturados. Linhas marcadas indicavam unidades , meias dezenas, dezenas, etc., como na numeração romana. O sistema de contagem contrária  continuou até a queda de Roma, assim como na idade média e até o século XIX, embora já com uma utilização mais limitada.

Ábaco Indiano

O uso do ábaco na Índia foi descrito por volta do século V escrivães indianos estavam já a procura de gravar os resultados do ábaco. Textos indus usavam o termo SHUNYA (zero)  para indicar a coluna vazia no ábaco.

Ábaco Chinês

A menção mais antiga a um SUANPAN (ábaco chinês)  é encontrada num livro do século I da Dinastia Han Oriental, o Notas Suplementares na Arte das Figuras escrito por Xu Yue. No entanto, o aspecto exato desse suanpan é desconhecido.

Ábaco Japonês:

Um soroban  é uma versão modificada  pelos japoneses do suanpan. É planeado do suanpan importado para o Japão antes do século XVI. No entanto, a idade de transmissão exata e o meio são incertos porque não existem registro específicos. Como o suanpan, o soroban ainda hoje é utilizado no Japão, apesar da proliferação das calculadoras de bolso, mais baratas
A Coreia também tem o seu próprio, o SUPAN, que é basicamente o soroban antes de tomar a sua atual forma nos anos 30. O soroban moderno também tem esse nome. 


Uso pelos deficientes visuais:

Existe um ábaco adaptado, inventado por Helen Keller chamado de CRANMER é ainda utilizado por deficientes visuais. Um pedaço de fabrico suave ou borracha é colocado detrás das bolas para não moverem inadvertidamente. Isto matem as bolas no sítio quando os manipuladores as sentem ou manipulam. Elas utilizam um ábaco para fazer as funções matemáticas multiplicação,divisão, adição, subtração, raiz quadrada e raiz cubica.
Embora alunos deficientes visuais tenham o beneficio de calculadoras falantes, o uso do ábaco é ainda ensinado a esses alunos em idades mais novas, tanto em escolas públicas como em privadas de ensino especial. O ábaco ensina competências matemáticas que nunca poderão ser substituídas por uma calculadora falante e é uma ferramenta de ensino importante para deficientes visuais. Os deficientes visuais também completam trabalhos de matemática utilizando um escritor de braile e de código NEMETH (uma espécie de código braile para matemática , mas as multiplicações largas e as divisões podem ser longas e difíceis  O ábaco dá aos estudantes deficientes visuais e visualmente limitados uma ferramenta para resolver problemas matemáticos que iguala a velocidade de seus colegas sem problemas visuais. muitas pessoas acham esta uma máquina útil para toda a vida.


SUGESTÃO DE ATIVIDADE
construção do ábaco


 Todo o numero pertence a uma ordem e uma classe. Poderão pertencer ás classes de milhões, milhares e unidades simples, e cada uma dessas classes possui as ordens: unidade, dezena e centena.

 Para conseguir fazer com que os alunos pratiquem qual classes e ordem um determinado número pertence é interessante utilizar o ábaco. Para isso devemos construí-lo.

 Será necessário um isopor, 6 palitos de churrascos, tinta nas cores: azul escuro, lilás, amarelo, verde, azul, vermelho, cola ( de isopor) e EVA.



A base do ábaco é construída com o isopor

Os palitos irão marcar as classes e ordens

 As peças serão construídas com EVA ( construir 10 peças de cada cor)

Depois da construção do ábaco, basta distribuir para cada grupo de alunos números para que eles representem no ábaco, por exemplo:

O numero 456.789 ( quatrocentos e cinquenta e seis mil e setecentos e oitenta e nove) ficaria no ábaco da seguinte forma:

CM   DM   UM    C   D   U
 4       5       6       7    8    9



  • Os números são escritos no ábaco da direita para a esquerda.
  • Ao passar os números para os grupos é importante pedir que os escreva por extenso.









Possibilidades de interversões que auxiliam na construção de conceitos de números.

 Geralmente as crianças já sabem contar quando chegam á escola, e a maioria dos professores apenas realizam execícios de escrita dos numerais e de correspondência entre eles e conjunto.
 No entanto, contar de memoria é diferente de contar com significado, oque exige uma estrutura logico matemática construída pela criança.
 A criança não constrói o numero fora do contexto geral do pensamento do seu cotidiano.
 A simples observação de classificações ou seriações prontas não são suficientes para a criança.
 O professor deve oportunizar situações que permitam ao aluno elaborar estes processos. Assim como facilitar, estimular e direcioná-lo para que ele possa desenvolver o seu raciocínio.
 As brincadeiras infantis possibilitam explorar idéias referentes a números de um modo diferente do convencional, pois brincar é mais do que uma atividade lúdica  é um modo de obter informações  alem de aquisição de hábitos e atitudes importantes.

SUGESTÕES DE JOGOS PARA TRABALHAR A CONSTRUÇÃO DO NÚMERO:

Jogo do Tabuleiro:

Material:
- tabuleiro individual com 20 divisões
- um dado com pontos ou numeração
-material de contagem para preencher o tabuleiro (fichas, tampinhas)

Aplicação:
cada jogador, na sua vez, joga o dado e coloca no tabuleiro o numero de tampinhas indicado no dado. Os jogadores devem encher seus tabuleiros.


Jogo tirando do prato:

Material:
-pratos de papelão ou isopor (um para cada criança)
- material de contagem (ex.: 20 para cada criança)
-dado

Aplicação:
os jogadores começam com 20 objetos dentro do prato e revezam-se jogando o dado, retirando as peças,quantas indicadas pela quantidade que nele aparece. Vence quem esvaziar seu prato primeiro.


Batalha:

Material:
baralho de cartas de ÁS a 10

Aplicação:
 um dos jogadores divide todas as cartas entre todos. cada criança arruma sua pilha com as cartas viradas para baixo, sem olhar para as faces numeradas.Os jogadores da mesa (2,3 ou 4) viram a carta superior da pilha e comparam os números  Aquele que virar a quantidade "maior" (número maior) pega todas para si e coloca num monte a parte. jogar até as pilhas terminarem.
Se abrirem cartas do mesmo valor, deixa na mesa e vira as próximas do seu monte .
vence aquele que pegar o maior número de cartas.( estratégias: comparar a altura das pilhas, contar,estimar)


Loto de quantidade: 

Material:
-dado com pontos
- cartelas com desenhos da configuração do dado
- fichas para marcar as cartelas sorteadas

Aplicação:
cada jogador recebe uma cartela com 3 desenhos que representam uma das faces do dado. Na sua vez, joga o dado e se estiver na sua cartela um desenho igual ao da face sorteada,deve cobri-la com a ficha. termina quando alguém cobrir os 3 desenhos da sua cartela.


Jogo do 1 ou 2:

Material:
-dado com apenas os números 1 e 2 ou fichas em uma sacola (números 1 e 2)

Aplicação:
cada jogador, na sua vez, joga o dado, ou retira a ficha. O jogador lê o número e procura identificar em seu corpo partes que sejam únicas (ex: nariz, boca, cabeça...) ou duplas( olhos, orelhas, braços...)Nao pode repetir o que o outro já disse, caso nao lembre, a criança passa a vez. Jogar até esgotar as partes.



 Sacola Mágica:

Material:
- uma sacola
-um dado
-materiais variados ( quantidade)

Aplicação:
uma criança joga o dado, lê o numero e retira da sacola a quantidade de objetos correspondentes à indicação do dado. Passa a vez a outro jogador, até que todos os objetos sejam retirados da sacola.
Podemos comparar as quantidades no final (mais, menos, muitos, poucos).


Formando grupos:

Material:
- apito
-cartazes com números escritos

Aplicação:
as crianças se espalham em um lugar amplo  até que se toque o apito. A professora mostra um cartaz com um número e as crianças deverão formar grupos com os componentes de acordo com o número dito.


O que é, o que é?:

Material:
uma sacola com blocos lógicos (sugiro 4 peças diferentes)

Aplicação:
selecionar as peças colocadas dentro do saco e mostrar às crianças. a criança coloca a mão no saco e através do tato identificará a forma que tateou. À medida que forem retiradas do saco,perguntar quantas ainda faltam.
variação: a professora coloca a mão, descreve e as crianças tentam adivinhar.Ex: tem quatro lados do mesmo tamanho (quadrado)


Dez coloridos

Material:
-canudos coloridos
-copos de plástico e cartões com as cores dos canudinhos

Aplicação:
as crianças formam grupos e cada uma retira de uma caixa maior o número de canudinhos coloridos (Ex: pegue 10 canudinhos coloridos) e coloca em seu copo. Quando a professora sortear uma cor os componentes colocam seus canudinhos da cor sorteada no centro da mesa. solicitar que contem o total de canudinhos. Registrar os valores de cada grupo e recolher os canudinhos do grupo.
variação: o jogo pode ser individual (cada criança retira os canudos) e cotam quem tirou mais/menos/mesma quantidade, etc.

Tabuleiro:
Organização da classe: duplas

Material:
-um tabuleiro (um papel cartão retangular quadriculado em 4 linhas e 6 colunas)  para cada dupla
- um dado e fichas (tampinhas, botões, grãos ) para cada jogador

Aplicação:
Cada jogador na sua vez joga o dado no tabuleiro e coloca no tabuleiro o número de tampinhas indicado no dado.
vence o jogador que encher seu tabuleiro primeiro.









A construção do numero operatório, classificação, seriação e numeração.

 O numero é construído através da contagem e da medição. Surge pela necessidade de representar quantidades.
 A classificação é a categorização da realidade, associando conjunto de coisas segundo semelhanças.
 Coleções figurais,a criança agrupa os elementos em virtude da semelhança, mas também pela conveniência.
 Coleções não figurais, a criança distribui os objetos que se assemelham. A seriação ordena elementos segundo suas diferenças.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

 De classificação:
- juntar cores, formas iguais- blocos lógicos.
-elefantinho colorido- tocar em algo da cor citada para não ser pego.
-jogo da memória com pares iguais.
-jogo da memória com pares semelhantes.
-comparação de tipos físicos- agrupar por cor dos olhos, comprimento dos cabelos, sexo...
-separar cartões com letras iguais.

De seriação:
-ordenar blocos, objetos... em ordem crescente/decrescente.
-organizar cartões segundo a quantidade de imagens.
-formar a fila segundo o tamanho dos alunos.
-ordenar canudinhos/palitos conforme os tamanhos.

Alunas


  •  EDNA MIRANDA DA SILVA
  • EUNICE FERREIRA PARRILLA             
  • MARCIA Mª S. SOUZA
  • MARILEIDE CONSUELO SANTOS
    OBRIGADA  PELA  VISITA